"Hoje o patrimônio é a inteligência intelectual, por isso a capacitação é agora."
A afirmação foi do Conselheiro Substituto do Tribunal de Contas do Estado de Alagoas, Conselheiro Alberto Pires Alves de Abreu, quando de sua palestra durante o XXXIV Congresso Brasileiro de Servidores de Câmaras Municipais e XIV Encontro de Vereadores realizado na cidade e Maceió, no período de 23 a 27 de julho.
O Conselheiro comentou sobre a concessão de energia elétrica e o novo rateio do Cide que destinou um terço para a União, um terço para estados e DF e um terço para os municípios. Também, comentou sobre a repartição do ICMS. Sobre a flexibilização feita pelo TCE/AL para os municípios do seu Diário Oficial. Desta forma, os municípios alagoanos não precisam criar seus próprios diários, uma vez que os mesmos podem utilizar o Diário Oficial do tribunal para a divulgação de seus atos administrativos.
Abreu disse que, o sistema cooperativo interfere na distribuição da renda, por isso da sua importância. Quanto à energia solar, ressaltou que sessenta por cento da energia gerada para o nordeste é a eólica.
Fatores Culturais e os desafios
No personalismo temos o individualismo e o abuso de autoridade. Na corrupção temos regras pessoais e o jeitinho. “Não é só o político que é corrupto. A corrupção está entranhada na base cultural. Nossa cultura é muito imediatista e precisa ser mudada”, disse, afirmando que onde tem corrupção alta o Índice de Desenvolvimento Humano – IDH é baixo. “Só mudando a cultura, abrindo a mente será possível mudar para melhor”, afirmou Abreu.
Qualidade
Segundo o Conselheiro, a qualidade de vida é a base de tudo, tanto no profissional quanto no pessoal . “A grande missão do servidor é trabalhar para uma pessoa que não é uma pessoa, mas sim um cidadão. O servidor é cidadão também. E está onde falta tudo. Segurança, educação. O servidor diz o que está acontecendo. Somos os olhos da sociedade”, falou, lembrando que estamos numa nova era. Que sejamos a transformação, pois o mundo não muda se não mudarmos.
“Qualidade é a diferença que faz a diferença. A melhoria tem que ser contínua. Com transparência e celeridade. Antigamente, via-se como patrimônio público os carros, mesas e cadeiras. Hoje, o patrimônio é a inteligência intelectual. Por isso, não dá para deixar para depois para se aperfeiçoar, tem que ser agora. E a informação só serve quando é compartilhada, pois se transforma em conhecimento. Hoje, é rico quem tem conhecimento. Antigamente, era quem tinha terra”, disse.
Para o Conselheiro, existem muitas pessoas talentosas, mas no lugar errado. E que as empresas já estão revendo isso e colocando-as no devido lugar. E que não é só o dinheiro que faz o incentivo para o servidor. Mas, a sua capacitação. Por isso, é importante criar ferramentas e instrumentalização que atendam a satisfação da sociedade. Dos clientes. Com processos de eficácia e foco nos processos de negócios. Com uso intenso de trabalhos de equipe. E a burocracia é fundamental para da legitimidade aos processos. “Não existe mais emprego. Existe atividade. O líder terá sempre seu lugar. O chefe está demitido. Na posição de conforto ninguém cresce. Uma atitude simples pode mudar nossa vida”, frisou.
Jorn. Magali T. Antunes
Representantes dos legislativos municipais do Sul do Brasil se reúnem para o 1º Congresso Sul Brasileiro de Vereadores e Servidores de Câmaras
Lei é função primária da Câmara
Plenário do STF decide pela constitucionalidade de pagamento de 13º e férias a prefeitos e vices